sexta-feira, 30 de abril de 2010

1 Mês de Tubarão Caolho, yahhhr!

Yo-ho-ho! O Tubarão Caolho completa hoje seu primeiro mês! E ainda haverão muitas aventuras pela frente! O próximo mês virá cheio de novas emoções no mar, não deixem de acompanhar!

E para comemorar o primeiro mês de blog, mais uma Canção do Convés, a mais clássica e obrigatória de todas as canções piratas:



<,,º))b))-<
Drink up m'earties, yo-ho!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Longa Marcha dos Zumbis

Yo-ho, m'earties! No último dia 24 de Abril as ruas de Maceió foram mais uma vez tomadas por morto-vivos no Segundo Zombie Walk Maceió. O trajeto do evento, que foi organizado pelo grupo de Flash Mobs Maceió, dessa vez partiu do Sesc Poço e foi até o Posto 7. Muitos gritos, sangue e diversão acompanharam os fãs de horror transformados em zumbis por uma noite. Apesar dos problemas causados pelo caminho muito longo, o que fez com que alguns devoradores de entranhas se dispersassem, o festim demoníaco teve direito a corridas de carniçais esfomeados, fotos com espectadores curiosos e até caçadores de zumbi, incluindo um corajoso chihuahua.

Veja algumas fotos dessa caminhada macabra:



A partida dos zumbis do Sesc Poço, com o odor do túmulo ainda fresco



O Zumbimóvel, que fez jus ao nome voltando a acompanhar a caminhada mesmo depois de "morrer" ainda no início do trajeto



O líder da horda mostrando todo seu carisma e simpatia. Esse colocou medo até nos caçadores de zumbi (foto por Rafa).



Uma criatura desconhecida em meio aos zumbis, que causou bastante terror com sua corrente



A marcha de morto-vivos deixou vários rastros de sua passagem pelas calçadas (foto por Rafa)



A zumbizada faminta posa para uma foto



Atente para a cara do zumbi mais á direita



Sede de sangue



Os caçadores de zumbi atacam de surpresa



Uma cena inexplicável

Mais fotos aqui

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Sorrateiro Polvo Gatuno

Yahhr! Depois do cágado assassino, outro animal demonstra suas habilidades na arte de atacar sorrateiramente. Dessa vez foi um polvo na Nova Zelândia, que ao se deparar com um mergulhador tentando filmá-lo não pensou duas vezes: passou o tentáculo na câmera do cara e saiu correndo como um batedor de carteira submarino. A filmadora continuou ligada e registrou toda a fuga do molusco ladrão:



Infelizmente o vídeo só existe com legendas em inglês, mas isso não atrapalha muito e caso saia em português eu troco aqui. Victor Huang, o mergulhador, achou a coisa toda muito divertida e agradece ao cefalópode no final pela perseguição que ficará marcada em sua vida. Polvos estão entre aqueles animais que possuem interesse por coisas coloridas e brilhantes, e não hesitam em surrupiar aquilo que chame a atenção para satisfazer a curiosidade.

Pois é amigos, segurem bem qualquer coisa que brilhe ao mergulhar, pois quando se menos espera um polvo pode agarrá-la e se vacilar, perdeu.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Obras-Primas da Natureza

A ILCP (International League of Conservation Photographers - Liga Internacional de Fotógrafos da Conservação), uma sociedade que traz vários dos melhores fotógrafos empenhados com a conservação ambiental, elegeu as 40 Melhores Fotografias da Natureza, em homenagem aos 40 anos do Dia da Terra. A escolha foi baseada não apenas no valor estético mas também na importância científica, histórica e ecológica das fotos.

As imagens escolhidas são bem impressionantes, veja algumas:


Uma Baleia Franca Austral adulta, nas Ilhas Auckland, Nova Zelândia, por Brian Skerry


Ilha de Pedra na Tasmânia, por Peter Dombrovskis


Close-up de uma Baleia Azul, no México, por Doc White


Tartarugas ao amanhecer nas Ilhas Galápagos, por Frans Lanting (essa foto é minha favorita entre as quarenta escolhidas)


Um Urso Polar e seu reflexo na Ilha de Baffin, Canadá, por Paul Nicklen


Leões Marinhos na Austrália, por David Doubilet


Um Tubarão Raposa preso em uma rede de pesca, no México, por Brian Skerry


Arraias nas Ilhas Caiman, por David Doubilet

Veja as outras 32 fotos aqui

<,,º))b))-<
Cópias de todas as fotos foram doadas pelos fotógrafos, em um leilão cujo lucro será dividido entre quatro organizações ambientais: a Conservation Internacional (CI), a Oceana, o Natural Resources Defense Council e a Central Park Conservancy.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Misterioso Lago Negro



No Posto 7 de Maceió há um pequeno lago cercado por coqueiros e pela grama verdinha, famosa por juntar bastante gente "alternativa" nos finais de semana. Esse lago fica na frente de um hotel, mas não é exatamente uma atração turística, já que sua água é preta como asfalto novo e até onde eu lembre não abriga nenhuma forma de vida. O laguinho poluído possui alguns esconderijos de vegetação em seu redor que á noite são usados por bêbados como banheiro e por casais como um ninho de amor com cheiro de rato morto. Mas foi numa tarde desocupada que descobri que as águas tingidas de xorume também possuiam propriedades estranhas e obscuras.

Naquele dia após o colégio eu estava saindo com alguns velhos amigos que estudavam no Cefet. Não era algo comum ir para aquele lugar com o sol ainda a pino e em um dia de semana, mas éramos estudantes felizes sem muito com o que se preocupar, e ainda havia bebida no meio.

Por volta das três, quatro horas estávamos tomando vinho recostados em um coqueiro na grama. A praça ao redor do lago estava silenciosa e vazia. Apenas uns poucos indivíduos caminhavam ocasionalmente pela pequena trilha do outro lado. Uma brisa relaxante soprava e ficamos jogando conversa fora aproveitando a tranquilidade. Foi quando entre os turistas, surfistas e outros passantes alguém nos chamou a atenção. Era um molequezinho de pele morena, careca, usando só um bermudão rasgado. Bem, não é uma figura incomum por aqui, mas o que conta é que o pirralho correu alegremente para o lago com lixo boiando e saltou como se aquelas águas escuras como a garganta de Leviatã fossem uma piscina de coca-cola. Depois de mergulhar fundo naquela sopa de esgoto refrescante, quase soltando um chafariz pela boca, ele gritou contente para uns outros três pivetes que vinham chegando na margem, um deles trazendo uma bola puída. Os três também saltaram quase ao mesmo tempo e começaram um barulhento e animado jogo de pólo aquático, ou algo parecido.

Ficamos observando aquela cena surpresos, e logo começamos a rir com as estripulias dos moleques, nem um pouco preocupados com aquela água tão suja que parecia absorver a luz ao redor. Depois de alguns comentários carregados de sarcasmo sobre educação e saúde pública e muitas piadas, deixamos de dar atenção ás crianças e voltamos a conversar sobre coisas aleatórias. Mas quando voltamos a olhar para lago, algo havia mudado.

No lugar de quatro meninos, todos eles parecidos entre si, agora havia oito. Nos perguntamos de onde aqueles outros haviam vindo e voltamos a conversar, mas quando olhamos denovo, contamos e havia dez. Intrigados e rindo muito daquela situação, começamos a ver moleques surgindo nas margens, na grama e pasmem, nas próprias águas sem fundo do lago negro. Havia uma hora em que havia dois times completos se enfrentando, com direito a juiz e torcida. Depois de cansarem da bola, os pivetes brincavam de briga, de atirar a água preta um no outro e até de arrancar a cueca do amigo e lançá-la aos confis da margem mais coberta de mato. Vendo aquela completa creche em seu festim enquanto escurecia lentamente, ficamos tentando adivinhar de onde haviam surgido tantos filhos da cidade de uma só vez, até que falei a frase que por vários meses fez o pessoal que estava lá gargalhar ao ser mencionada: "Pô, mas toda vez que um menino desce nessa água preta sobem dois"

Não sabemos até hoje que tipo de magia urbana ocorreu naquele lugar, mas a lembrança do cortejo de garotinhos de rua brincando não tão inocentemente na imundície permancede gravada em nossas mentes. Fizemos algumas teorias sobre o que havia acontecido ali, se era algo envolvendo os produtos químicos no lago ou se os moleques tinham algum tipo de radar que atraía outros até ali. Nenhuma delas resolveu o mistério do lago negro, que até hoje nunca mais foi visto por mim com os mesmos olhos.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Relato de Arthur Gordon Pym



Escrito em 1838, o Relato de Arthur Gordon Pym (The Narrative of Arthur Gordon Pym of Nantucket)é o único romance completo de Edgar Allan Poe. Á primeira vista é um típico romance de aventura do século 19, com viagens marítimas, perigos mortais e lugares exóticos. Porém, o livro até hoje intriga muita gente por possuir passagens obscuras com estranhas simbologias, que surgem nos últimos capítulos culminando em um final assombroso e inexplicável.

O romance começa apresentando o personagem título, um garoto americano nascido na ilha de Nantucket, onde junto com Augusto, seu amigo filho de um navegador, alimenta um grande desejo de viajar pelo mundo á bordo de um navio. Após algumas aventuras envolvendo o pequeno barco da dupla, Arthur finalmente vê uma oportunidade de realizar seu sonho quando o pai de seu camarada se prepara para uma longa viagem comandando um navio baleeiro, o Grampus. Escondido na embarcação por seu amigo que também fazia parte da empreitada, o protagonista aguarda até que o Grampus se afaste demais da ilha para se dar ao trabalho de mandá-lo de volta, para só então revelar sua presença e seguir como tripulante. Entretanto, essa aventura acaba tomando um rumo inesperado e terrível.

Depois de passar um longo tempo trancado no porão do barco, Arthur descobre que o mesmo foi tomado por um motim. Ele conta com a ajuda de seu fiel amigo Augusto e de Dirk Peters, um forte homem descendente de nativos norte-americanos que só quer guiar o navio até um lugar onde possa viver livre. Arthur e seus companheiros enfrentam o motim, mas uma série de desventuras que se seguem a ele. Após o naufrágio do navio em uma tempestade, os sobreviventes encaram tubarões, um macabro navio , e o pior: as condições de vida precárias da deriva em alto-mar, que resultam em uma luta desesperada por comida e água.

Após a longa batalha pela sobrevivência, o resgate de uma escuna inglesa parece trazer a salvação, mas só os leva em direção a um rumo ainda mais incerto: uma expedição pela Antártida que encontrará caminhos desconhecidos, feras selvagens e um estranho povo mais perigoso do que aparenta.

Esse romance de Poe foi muito criticado na época em que foi lançado por trazer alguns erros geográficos nas referências náuticas, além de ter sido apresentado como um relato verídico, o que mesmo tendo sido desmentido depois foi apontado como falta de responsabilidade do autor já que ele tomou diversas licenças poéticas. De fato, apesar de Poe ter se baseado em vários relatos reais de navegadores e em suas próprias experiências no mar, a Antárdida era na época um local ainda pouco conhecido pelo homem, e esse mistério em torno do continente gelado fez com que nele surgissem cenários curiosos e ricos em detalhes, embora totalmente saídos da imaginação do escritor americano. A ambientação criada por Poe faz referência inclusive á bizarra Teoria da Terra Oca, que sugeria a existência de outro mundo no interior do planeta, iluminado por um sol interno. Os segredos do continente antártico que aos poucos vão sendo revelados pela escuna Jane Guy são hoje uma das partes mais interessantes desse romance, escrito em uma época na qual diversas regiões do mundo ainda eram cobertas de sombras. Edgar Allan Poe também faz uma peculiar sátira ao racismo, que fica mais visível no estranho jogo de preto e branco que preenche a parte final do romance, cujo propósito real não é esclarecido.

Apesar do ritmo detalhista que pode não agradar a leitores modernos, O Relato de Arthur Gordon Pym é uma leitura essencial para os apreciadores da literatura de ficção clássica. Além de ser o único romance publicado de Poe, ele serviu de referência para obras que vão do Moby Dick de Herman Melville até o Nas Montanhas da Loucura de H.P.Lovecraft, tendo também influenciado bastante o escritor argentino Jorge Luis Borges, que considerava o Relato o melhor trabalho de Poe.

sábado, 10 de abril de 2010

Pirate Girls

Ahoy! Pois é amigos, tive um pequeno contratempo esse final de semana e após um descuido fiquei doente. O clima ter mudado aqui com as chuvas que vieram ajudou, mas o mau tempo assim como a doença uma hora passa. E logo estarei de volta, yahhr! Hoje trago pra vocês uma galeria de ilustrações de garotas piratas, repletas de charme, beleza e ousadia.

















Para catar as imagens: http://sea-pirates.deviantart.com/gallery/23935018
<,,º))b))-<
Drink'up me'earties, yo-ho!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Canções do Convés - Crabs

Yo-ho! Essa é uma daquelas músicas ótimas para se cantar depois de várias garrafas de rum! Não sei quem a compôs mas ela é bem fácil de lembrar depois que você ouve uma vez!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Meus Encontros com a Caravela Portuguesa



Era uma bela manhã ensolarada da primeira vez em que esbarrei com ela, e eu era só mais um pirralho correndo e brincando na orla de Maceió. Não lembro que idade tinha. Uns 9, 10, talvez. Depois de construir uns "castelos de areia" (para uma criança qualquer monte de areia acumulado pode ser um castelo) e de catar conchas e pedras na praia, eu estava de boa flutuando no mar quando vi algo que me chamou atenção. Era um negócio roxo, meio transparente, que em minha inocência infantil eu julgava impossível ser algo vivo que ia responder de uma forma nem um pouco amistosa á minha curiosidade. Na verdade, eu achei que fosse um balão flutuando junto de uma presilha de cabelo (?) É, até hoje me pergunto como eu era retardado de ver uma presilha de cabelo ali. O que ocorreu a seguir é algo meio de se esperar. Vendo aquele brinde "dois em um", estendi a mão com vontade sem desconfiar que aquilo que eu estava prestes a segurar era uma Caravela Portuguesa.

Que diabos é isso? A Wikipédia explica:

"A caravela-portuguesa (Physalia physalis), também conhecida como garrafa-azul, é uma colônia de animais do grupo dos cnidários. Tem cor azul e tentáculos cheios de células urticantes, e aparece nas águas de todas as regiões tropicais dos oceanos."

Bem, a que eu vi era mais roxa do que azul, mas resumindo: é uma colônia de bichos juntos para formar um bicho maior, que lembra o diabo de um balão ou garrafa de ar, mas que na verdade é algo parecido com uma água-viva, tanto na aparência como no fato de que te faz carinho como uma lata de óleo fervente (para quem não sabe o que é "urticante", segure em uma dessas com a mão cheia e vai descobrir). Ela usa seus tentáculos para capturar peixes pequenos que ela come ou para se defender de moleques retardados que querem levá-la para casa.

Enfim, eu não toquei na criatura por mais de alguns segundos antes de notar a merda que tinha feito e fazer o que qualquer criança normal faria: voltar correndo para a praia berrando atrás dos pais. Daí foi aquela correria típica, gente intrometida de barraquinha sugerindo remédios bizarros para a queimadura (por sorte o máximo que fiz foi segurar gelo)e menos de uma hora depois eu tava em casa. Apesar de arder pra caralho, a dor do veneno de uma caravela só dura mais ou menos uma hora, e depois de tirar um cochilo eu lembro de acordar bem, encantado com o fato da dor ter passado e pronto para aprontar denovo.

Poucas vezes havia avistado de perto uma caravela, sempre as evitando com a mão coçando só de olhar, até o ano passado. Estava eu caminhando pela beira do mar, quando mais uma vez esbarro com a criatura, só que dessa vez jogada na areia, secando ao sol. Parece existir uma lei no mar que diz que se um animal é lançado á areia, isso é meio que uma provação e ele deve sobreviver até a maré alta. Pois é amigos, eu desrespeitei essa lei justo com a caravela e fui inventar de lançá-la de volta ao mar. E com a ajdua de uma tábua, estava tudo indo muito bem até... um dos tentáculos da filha da mãe se desprender quando ela voltou ás águas, como um presente de despedida, e vir se alojar bem em minha perna. Dessa vez, já esperando a dor, só xinguei a desgraçada e a minha própria idéia imbecil e logo lembrei de algo que tinha visto em um documentário. De que vinagre ajudava a neutralizar a toxina de água-viva. Tá certo que aquela não era bem a água-viva do documentário, mas não custava tentar. Depois de pensar onde podia arrumar vinagre, enquanto mancava da perna queimada, fui até uma barraca-restaurante da praia e pedi ao balconista espantado, que ficou surpreso ao descobrir esse magnífico remédio, que ao contrário das besteiras caseiras que usavam quando eu era criança, realmente funciona. Não sou químico pra explicar como funciona o negócio, mas quando você põe vinagre na queimadura alivia bastante a dor, e o machucado para de dar pontadas, ficando só ardendo um pouco ainda. Depois de mancar por mais um tempo na areia, o negócio sarou, e eu tinha mais uma história pra contar.

Duas coisas antes de terminar esse post:

*Nos meus dois encontros com o bicho, eu não consegui ter uma experiência plena como a que se pode ter com uma caravela. Um contato mais próximo com ela causa marcas na pele que duram por vários dias, e pode causar queimaduras de até terceiro grau. É só alegria quando aqueles tentáculos venenosos agarram em sua pele.

*Além de vinagre, outro remédio que funciona para aliviar queimaduras de água-viva é urina. Sim, é nojento, e tive a sorte de nunca ter que experimentar, mas já ouvi histórias a respeito, que resultaram em bons traumas infantis.

domingo, 4 de abril de 2010

O Terrível Cágado Assassino

Yahhr, atendendo a pedidos, aí está o silencioso e implacável cágado mortal registrado em Porto Alegre. Porém, como não estamos na Austrália, mortal apenas para pombos.



<,,º))b))-<
Agradeço á Lita e Jana que sugeriram esse post

sexta-feira, 2 de abril de 2010

10 Criaturas que Podem te Matar na Austrália

Yo-ho, companheiros! Todos vocês já devem ter ouvido falar da Austrália, um lugar maravilhoso com belas paisagens e gente festeira. Entretanto, essa antiga colônia britânica onde as pessoas falam um iglês parecido com o meu também é famosa por possuir uma quantidade enorme de animais perigosos por metro quadrado, especialmente em lugares com água. Se saber que lá você se depara nas ruas com pelicanos briguentos e caranguejos do tamanho de uma bola de futebol já é suficiente pra causar pesadelos em muita gente, espere só até conhecer os 10 adoráveis animais mais especializados em te dar um desconto especial na viagem até lá, já que você vai como passageiro e volta como bagagem pro funeral.

10 - A Aranha Teia-de-Funil de Sidney



Essa aranhazinha, que vem em cores sortidas (preto-azulado, preto, marrom ou ameixa) tem de 3 a 7 cm de comprimento. Aranhas teia-de-funil são consideradas a terceira espécie mais perigosa do mundo. Além disso, como o nome da bichinha já diz, ela é encontrada nos arredores de Sidney, a capit.. digo, a cidade mais famosa e visitada da Austrália. Encontros com esse aracnídeo têm uma boa chance de resultar em merda, já que ela é agressiva. Pra piorar, o veneno dela é especialmente tóxico em primatas (como você), e uma criança mordida por uma dessas pode morrer em 15 minutos. Felizmente, já existe antídoto. Eu pessoalmente gosto de aranhas, mas quando ouvi falar que as mandíbulas de uma teia-de-funil são capazes de penetrar até unhas e calçados, e que pra largar a vítima a aranha tem que ser puxada, assumo que até eu senti arrepios...

09 - O Grande Tubarão Branco



Quem nunca assistiu aquele filme do Spielberg? O Grande Branco, ou se preferir Morte Branca, é o maior peixe predador do mundo, chegando a 6m. Ele habita águas do mundo inteiro, e é claro que a Austrália não ficaria de fora. Ao contrário do que se pensa, os Brancos não gostam de comer gente. Humanos são muito pele e osso para eles e poderiam até ficar de boa. O problema é que o Bruce é curioso, e assim como cachorros cheiram tudo o que veem de diferente, tubarões dão dentada em tudo o que veem de diferente. Geralmente eles vão embora após a primeira abocanhada. Agora, se depois de ter a perna arrancada com a dentadinha do tubarão a pessoa morre de hemorragia, já não é problema deles.

08 -Serpente Tigre



Essa cobrinha marota de até 2m de comprimento vive no sul da Austrália. Existe antídoto para o seu veneno, mas caso a vítima não receba tratamento, a chance de deixar esse mundo é de 60%.

07 - Serpente Marrom



Olha que legal! Essa é a serpente mais venenosa do mundo, e adivinha onde ela mora? Austrália, é claro! Também possuindo em média 2m, ela só morde caso se sinta ameaçada. Porém, 45 minutos é o tempo que você tem para tomar um antídoto ou ir direto para o Baú de Davy Jones.

06 - Aranha Redback



Essa belezinha é uma das maiores responsáveis por acidentes na terra abençoada da Austrália. Sua mordida não costuma ser letal, e tem antídoto á venda em farmácias. Porém, além de ser extremamente dolorosa, tomar uma picada dessa aranha é algo que pode acontecer normalmente enquanto você está tranquilo calçando aquele tênis que tava debaixo da cama ou limpando os cantos da laje, pois ela é comum em áreas urbanas. Apesar de só 20% das mordidas exigir tratamento, o mal-estar, suor e dor intensa com eurupções na pele já basta pra alegrar o dia de quem meteu a mão na teia de uma dessas bichinhas.

05 - Peixe Pedra



Uma das criaturas mais sacanas dos sete mares. Olhem bem para ela. Você consegue ver um peixe agora, certo? Bem, se não tinha visto agora viu. Agora, imagine esse desgraçado no fundo da água turva, você caminhando de boa nem esperando que aquela pedra coberta de coral e algas seja na verdade um peixe bem camuflado e com cara de sapo. Aí você pisa bem em cima dele. Bem, "e daí?", você pergunta. Daí que nas costas desse pilantra tem treze espinhas pontiagudas com um veneno que te mata em duas horas. Legal, né? Dizem que o veneno é tão doloroso que as pessoas atingidas imploram para que o membro onde ele foi inoculado seja amputado.

04 - O Polvo de Anéis Azuis



Polvos são para mim uma das criaturas mais interessantes do oceano. Além da aparência curiosa e das habilidades de camuflagem, eles apesar de serem invertebrados são dotados de um raciocínio fora do normal. Porém, o que interessa nesse polvo miudinho e australiano com orgulho é que ele é uma das criaturas marinhas mais letais que existem. Mesmo mal tendo o tamanho de um peixe de aquário, eles possuem um veneno que pode matar um humano em questão de minutos por paralisia respiratória. Como a mordida e pequena e quase indolor, a vítima geralmente não se dá conta do quão fodida está até os sintomas começarem. E melhor ainda, não tem antídoto! Felizmente, eles são dóceis e só mordem caso se sintam ameaçados, como quando alguém pisa neles, e caso o infeliz seja tratado a tempo pode sobreviver.
Recentemente, uma garotinha australiana encontrou um desses enquanto lavava as conchinhas que tinha catado na praia. Uma prova de que na Austrália nada é desculpa para não encontrar alguma coisa venenosa.

03 - O Crocodilo de Água Salgada



O Crocodilo de água salgada é o maior do mundo. Ele é muito grande e muito forte. Se você estiver na água e um deles resolver que você é o prato do dia, bem, é bom você pensar rápido, pois a maioria dos ataques dessas montanhas de escamas, músculos e dentes são fatais. Eles também habitam a Índia e outros locais, mas em populações pequenas, pois o melhor lugar para ser um animal que mata gente é na Austrália. Felizmente, eles só atacam aqueles que são imbecis o suficiente para chegar perto demais (vide imbecil o suficiente do post passado. Infelizmente aquele réptil ali não era um crocodilo de água salgada). Por isso, há poucas fatalidades por ano, e os australianos de gatos escaldados que são, colocam placas de aviso em qualquer lugar por onde esses gigantes já tenham sido vistos.

02 - Água Viva Irukandji



Veja bem essa água viva. Ela só tem 1 cm cúbico de tamanho. Ela é um dos seres vivos mais simples e antigos do planeta. Ela é transparente e quase invisível na água. Ela é tão frágil que exige condições especiais para ser mantida em laboratório. Ela é basicamente uma bolha de gelatina... e veneno. Um veneno que faz com que por dias você tenha dor excruciante, náusea, dor de cabeça, suor, vômitos, aumento da pressão no sangue e o melhor, aquilo que é chamado de "síndrome de Irukandji", um sintoma psicológico causado por substâncias químicas do veneno que faz com que você tenha a sensação de que vai morrer a qualquer segundo. E os azarados morrem mesmo. Recentemente uma nova espécie dessa água-viva foi descoberta, e seu nome científico foi dado em homenagem a um turista inglês que foi um dos primeiros a entrar em contato com ela, indo depois fazer contato com a Ceifadora.

01 - A Vespa do Mar



3 minutos. 180 segundos. É só o que você precisa para dar seu último suspiro depois de esbarrar nessa água-viva. Você está feliz nadando na praia e não dá tempo nem de fazer um miojo antes de ir para a luz. Essa criatura mata mais do que qualquer outro animal na Austrália, e mata bastante. Pelo menos uma alma humana por ano se vai graças a ela, e o recorde de acidentes fatais em um único ano é de 67 mortes. Felizmente, existe antídoto, e mesmo com o prazo ridículo para assinar o atestado de óbito, um remédio caseiro pode neutralizar o veneno dela ao menos até a vítima ser medicada adequadamente. Vinagre. A primeira vez que ouvi falar disso foi em um documentário da National Geographic. Meses depois, me queimei em uma caravela na praia (felizmente não era uma vespa do mar) e comprovei que isso funciona. Mas isso é história para outro dia.