domingo, 30 de maio de 2010

Oficina de Jornalismo Ambiental

Nesse último sábado 29 eu estive na Oficina de Jornalismo Ambiental realizada pelo Sindicato dos Jornalistas e o Núcleo de Ecojornalistas de Alagoas, em parceria com a Braskem e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária. A Oficina teve como tema central a Sustentabilidade e fez parte dos acontecimentos da Semana do Meio Ambiente, cujo outro evento realizado no mesmo dia foi a entrega do Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental.

A oficina foi realizada no Cinturão Verde da Brasken, uma pequena área de reserva de Mata Atlântica, que fica no Pontal da Barra aqui em Maceió. Fazia tempo que eu não pisava por lá, mas o lugar não mudou muito, o que não muda o fato de ter sido uma manhã bem agradável. Enquanto esperava a oficina começar no auditório, tirei algumas fotos dos bichos que passeavam ali por perto.
As emas ficam sempre por perto do auditório, e são umas das primeiras a recepcionar os visitantes de lá. Elas são tranquilas mas não me deixaram chegar muito perto. Com o calor que tava fazendo de manhã, elas ficavam bebendo a água que tinha vazado da mangueira que abastecia o tanque dos jacarés e formado uma poça no chão. Aquele viveiro ali atrás é onde elas dormem (eu acho).

Apesar de não fazerem parte da fauna brasileira (eles são indianos) o Ibama abriu uma exceção para os pavões no Cinturão Verde. Eu não imagino bem o porquê de haverem pavões lá, só sei que eles parecem ter de adaptado bem, e os machos dão uns gritos medonhos pra marcar território.

Ahem, voltando á Oficina, ela teve início por volta das 10h com duas palestras bem interessantes: a primeira foi do Fabrício Ângelo, que é Mestre em Ciência Ambiental pela UFF e passou um histórico breve mas muito interessante do Jornalismo Científico e Ambiental, além de algumas dicas para quem pretende atuar na área. A outra foi do Reinaldo Canto (que estou seguindo aqui no blog), que entre outras coisas já foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil e trabalhou no Instituo Akatu. Ele falou sobre a Sustentabilidade e sua abordagem na mídia, usando como exemplo suas próprias experiências na área, além de acrescentar mais pontos importantes para a atuação de um Jornalista Ambiental.

Durante o coffee break (yahhr, comida xD) aproveitei para explorar um pouco mais o local e tirar umas fotos dos macacos (que como estavam dentro de um viveiro e não paravam quietos não saiu nenhuma foto decente) e do tanque dos jacarés de papo amarelo:

Além desse casal muito simpático, que ficou o tempo todo de boa na lagoa, tinha pelo menos uns quatro filhotes no tanque, sempre vigiados de esguelha pela mãe (a jacaré de cima).

Na segunda parte do evento, tivemos mais duas palestras: começando pelo Emanuel Mendonça, Presidente da ABES Bahia e Superintendente da empresa Renova Energia, que trabalha com energias renováveis: a energia eólica e as PCHs, uma espécie de usina hidrelétrica em escala bem menor e impacto ambiental reduzido que foi o tema da apresentação. Finalmente, a última palestra foi do Romildo Guerrante, Jornalista há 40 anos que falou sobre suas experiências na profissão, inclusive contando alguns casos bem interessantes da época da ditadura.

Terminadas as palestras, conversamos com o Mário Calheiros, que realiza um trabalho bem legal por lá com hidroponia, uma técnica de agricultura que permite um gasto de água bem reduzido, usando gotejamento no lugar da irrigação tradicional. Ele também falou sobre seu trabalho com apicultura e com o própolis vermelho, um produto exclusivo aqui da região.

A ema passeando em frente a onde é realizada a hidroponia...

...e uma amostra da variedade de plantas cultivadas com a técnica.

No final, ainda fizemos um pequeno passeio pela trilha mais curta da área do Cinturão, em meio á vegetação nativa e animais como cutias e saguis. O Sr.Mário, que guiou o pessoal da Oficina, falou que a trilha mais longa está temporariamente inutilizada por ser a época de reprodução de muitas das aves do local. Inclusive, ficamos sabendo que diversas aves não nativas da área da reserva, incluindo aves urbanas como urubus, estão usando a área para fazerem seus ninhos! Outra coisa curiosa que descobri é que o Cinturão não era ao ser criado uma área de Mata Atlântica que foi preservada, e sim uma área de favelas que foi desocupada e reflorestada. Isso aconteceu há 20 anos e hoje a Braskem estima que receba 15.000 visitas anuais.

No início da trilha, uma árvore foi plantada pelo Sr.Mário, que explicou o processo de plantio na área do Cinturão (mais umas tantas outras iam ser plantadas nos próximos dias em homenagem á semana do Meio Ambiente). A muda foi dedicada a registrar a realização da Oficina...

...e daqui a algumas décadas ela pode estar assim!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Canções do Convés - Fifteen Men

Mais uma canção clássica dos velhos lobos do mar!



<,,º))b))-<
Yo-ho-ho and a bottle of rum!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Galeria: Bobby Chiu

Bobby é um artista canadense do estúdio Imaginism, cujo último trabalho foi o Character Design do Alice de Tim Burton. Confiram algumas ilustrações do sujeito:










<,,º))b))-<

sábado, 22 de maio de 2010

Briga de Lagostas com Facas

Yahhr, sempre há algo novo e estranho para ser descoberto, amigos!

"Palavras não podem expressar algo tão tenebroso"

O mundo é realmente um lugar muito vasto...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Contos de Sal e Ouro - II


O Chevalier ancorou perto de uma praia branca pontilhada por rochas negras, em um ponto isolado da costa de Iroko, próximo às montanhas que se destacavam na paisagem tropical. Devido ao receio com as coisas estranhas que estavam lidando, a tripulação preferiu passar a noite na embarcação e só na manhã seguinte Mariette, Parker, o lagarto e mais um grupo de marinheiros seguiram nos botes em direção ao litoral. Parker recusou a todo custo seguir no mesmo barco que o reptante, que parecia à vontade na água, chapinhando com a cauda nas ondas. O imediato sentiu um arrepio gelado lhe tomar o corpo até chegar à terra firme, se afastando o máximo possível do outro bote e distraído esbarrando em alguém. Era a capitã, que lhe deu um olhar penetrante de desaprovação. Parker engoliu em seco e, antes que ela falasse algo, olhou para trás tentando disfarçar. Foi quando notou algo que fez um gosto de ferrugem subir das suas entranhas.

O homem-lagarto estava olhando para ele, com aqueles olhos inumanos de predador que traziam a morte escrita, diretamente para ele. Ele podia perceber uma curiosidade maliciosa estampada naquele olhar dissimulado de réptil, naquelas pupilas fendidas flutuando em repugnantes olhos amarelos. Ele quase podia sentir o hálito fétido da criatura dali, enquanto ela o fitava como se fosse saltar sobre sua jugular a qualquer momento...

-PARKER, sa'besta inútil! Se fosse pra ficar aí na praia com essa cara de concha era melhor cê ter ficado no navio!

Com essas gentis palavras gritadas pela capitã, Parker voltou á realidade e viu Mariette o observando impaciente na margem do matagal do lado oposto da praia, já adentrando a vegetação escura com um grupo de tripulantes. Ele correu desajeitado pela areia antes que tivesse que ficar com o grupo do outro bote, e com o tenebroso lagarto bípede, que aparentemente havia perdido o interesse nele e começava a guiar os marinheiros que iam com ele. Mas o bicho podia ter farejado o medo dele e estar sendo dissimulado agora, ah se podia...

Se apressando para não ficar para trás, ele percebeu na metade do caminho que os corsários já estavam se adiantando na trilha. Bufando de raiva e falando um palavrão ele foi tentando alcançá-los, caminhando hesitante pela pequena selva. Seus pés afundavam na terra úmida, e o mato atrapalhava seus movimentos. Ele tentava se concentrar nos companheiros que cada vez ficavam mais distantes dele, cruzando com facilidade o caminho precário. Mas a trilha o distraía com raízes que pareciam surgir do nada, teias de aranha do tamanho de janelas e malditas poças barrentas que iam quase até o joelho. Após cruzar essas poças, Parker sentia uma coceira irritante em suas canelas. De início, ele achou que fosse apenas a sujeira na água, mas ao parar para desenganchar a barra da calça de um tronco, ele notou os seres molengos se movendo sobre sua pele. Sanguessugas. Parker cerrou os dentes em uma careta de nojo e começou a arrancar os vermes já inchados, que deixaram suas pernas cobertas de pontos vermelhos. Havia uma legião daquelas coisas pretas penduradas, e ele com angústia removeu todas até se dar conta da besteira que havia feito. Engolindo em seco, ele levantou a cabeça e procurou por algum tripulante do Chevalier em vão.

Parker havia se perdido.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Punhos Raivosos de Lagosta

Clique na imagem para ampliar:


<,,º))b))-<
Uma ajuda inestimável em qualquer briga de taverna

domingo, 16 de maio de 2010

Cachoeira


Na erma imensidão ela canta sozinha

Tendo apenas as feras selvagens como companhia

Suave se move, toda coberta de branco

Em meio ás pedras, onde ninguém ouve seu pranto


Cristalina ela reflete sem sutileza

De todo coração cada impureza

E por isso apesar de toda beleza

Ao seu lado sobra apenas tristeza


Pois covarde é a alma dos homens

Que teme a própria fraqueza

E por isso preferem se manter longe

A compartilhar sua frágil realeza


Com força de ondina ela flui poderosa

Mas não perde seu toque curativo

Angustiada, esperando ansiosa

Por quem descubra seu tesouro cativo


Esse poema é dedicado a uma pessoa especial, o tesouro mais valioso que já encontrei.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

10 Monstros Aquáticos dos Games

Yahhr, meus grandes camaradas! Monstros marinhos e videogames é o tema desse post! Antes de buscar uma relação, vou lhes contar uma história. Um certo dia um japa chamado Toshihiro Nishikado estava buscando inspiração para os inimigos do jogo de nave que estava desenvolvendo. Andando pela feira nas ruas nipônicas, ele parou em uma barraca de peixe e lhe veio a inspiração! Ele decidiu basear a aparência dos aliens de seu jogo em polvos, lulas, caranguejos e outros bichos de forma curiosa que estavam ali expostos na vendinha. Foi o que ele fez, e tempos depois, estava pronto Space Invaders, um arcade que de tão famoso se tornou um dos ícones mais clássicos do mundo dos videogames.

Bem, pescados de feira japonesa não são exatamente monstros marinhos, mas essa história ilustra como os desenvolvedores de jogos eletrônicos sempre buscaram inspiração naquilo que há séculos habita a nossa imaginação para tornar suas obras mais interessantes e empolgantes. O mar e seus mistérios mais tenebrosos nunca foi uma exceção, e por isso trago aqui algumas das terríveis criaturas aquáticas que fizeram parte da história dos games:

10 - Merman (Série Castlevania)





Desde a primeira expedição ao castelo do Drácula, esses homens-peixe inquilinos do vampiro se alojam em qualquer muquifo com água do castelo, esperando para dar trabalho á família Belmont. Os Mermen (ou Fishmen) gostam de pular de surpresa de seus covis submersos e atacar com suas bolas de fogo e garras afiadas, mas felizmente são lerdos como um siri manco quando estão andando. Nos primeiros jogos da série, eles contavam com a vantagem de poder matar os protagonistas afogados, já que natação não fazia parte do treinamento de um caçador de vampiros na época. Mais tarde, os caras de peixe também desenvolveram a bizarra habilidade de se enrolar e disparar como uma bola escamosa. Em Castlevania: Harmony of Dissonance, Jeust Belmont enfrenta um Merman gigante e invocado, que além de cuspir jatos de água ainda chama vários de seus amiguinhos fedorentos pra briga.

9 -Rahab (The Ocean Hunter)





Não dá pra falar de videogames e monstros marinhos sem falar de The Ocean Hunter. Esse arcade shooter de temática steampunk se passava em um mundo onde diversas feras marinhas gigantescas com nomes mitológicos espalhavam destruição e eram colocadas a prêmio, sendo caçadas pela dupla de protagonistas com estranhas armas de pressão. Rahab, o chefão final do jogo, de início parece ser um gorila aquático pré-histórico (?), mas depois revela sua verdadeira forma, o Senhor de todos os Monstros Marinhos (!). Esse arcade eu já vi até aqui em Maceió, em tempos remotos, mas descobri que hoje ele é uma raridade, sendo encontrado em umas poucas casas de jogos eletrônicos no mundo.

8 -Gyarados (Série Pokémon)





Qualé, todo mundo aqui teve infância. E eu cheguei a acompanhar a primeira geração do jogo/anime de rinhas japonesas (descobri esses dias que vai sair mais uma, o negócio parece não ter fim). Gyarados, baseado nos dragões orientais, era um caso a parte entre meus antigos coleguinhas de classe (que Davy Jones os tenha). Ao invés de ser admirado por estar no desenho ou por ser lendário ele era adorado simplesmente por sua "fodice". Todo mundo queria ter um e o achava um símbolo de potência e virilidade, tendo toda a paciência do mundo pra fazê-lo evoluir de uma carpa inútil e retardada que só sabe se debater.

7 -Del Lago (Resident Evil 4)





Uma salamandra. Só depois de algum tempo é que fui entender o que diabos era essa coisa demoníaca querendo engolir o agente Leon. Infestado com o parasita maldito conhecido como La Plaga, Del Lago ficou imenso, rápido e muito irritado. Pra piorar, a única maneira de ferir o bichão é atirando arpões como um legítimo caçador de baleias viking. Del Lago parece ter várias línguas, que na verdade são tentáculos da lombriga mutante se remexendo dentro dele.

6 -Gyorg (The Legend of Zelda: Majora's Mask)





Apesar de esse peixe chifrudo aparecer em outros jogos da série em formas menos intimidantes, é em
Majora's Mask que o grande Gyorg devorador de elfos e zoras toca o terror como um dos quatro chefes principais. Gyorg é considerado um dos chefes mais difíceis do jogo, fazendo com que você tenha que ficar entrando e saindo da água que nem uma vadia para não ser devorado.

5 -Big Daddy (Série BioShock)





Presos dentro de uma roupa de mergulhador gigante devido a experimentos genéticos e fortemente armados, esses mutantes agem como guarda-costas das experiências conhecidas como "Little Sisters", garotinhas macabras capazes de extrair um fluido especial na cidade submersa abandonada de Rapture, palco da série BioShock. No jogo, eles não agem necessariamente como inimigos, e isso depende do tratamento que você dá a suas adoráveis protegidas. Caso você seja gentil com elas, esses gigantes de couro e ferro ficam de boa e podem até te ajudar, mas caso você dispare contra ele ou suas "irmãzinhas", eles se enfurecem e é melhor estar preparado. Big Daddys são incapazes de falar, se comunicando através de luzes e sons que lembram os de uma baleia.

4 -Torpedo Ted (Super Mario World)





Fases com água em jogos de plataforma por muito tempo foram o pesadelo de jogadores de Super Nintendo e Mega Drive. Que tal então uma fase com água em que torpedos não param de ser lançados em todas as direções contra você? Em
Super Mario World,os Torpedo Ted felizmente existem em apenas uma fase, mas que é suficiente pra te dar muita raiva. E não adianta, mesmo que você desvie de um outro vem logo em seguida, atirados de canhões do inferno ou de mãos com luvas do Mickey saídas de caixas blindadas com caveiras. Para melhorar, eles ainda têm um sorriso de orelha a orelha no rosto, debochando de seu desespero. Os Torpedos ainda aparecem em outros jogos do encanador de sotaque italiano, com o mesmo instinto ruim mas não tão letais.

3 -Ultros (Final Fantasy VI)





Tosco, joselito e covarde, esse antagonista do sexto episódio de
Final Fantasy já começa bizarro pelo fato de ser um polvo roxo com um sorriso puramente contagiante. Criado para ser um oponente cômico, ele é a coisa mais sem noção do jogo, causando problemas simplesmente por ser fanfarrão, se preciso com a ajuda de seu camarada coisa-feita-de-gás Typhon. A maioria de seus ataques consiste no que seria de se esperar de um molusco, como jatos de tinta e tentáculos, mas ele também possui alguns poderes especiais. Mesmo não sendo muito forte, ele retorna várias vezes no decorrer da trama e tem um dos destinos de vilões mais bizarros já vistos. Ele também é famoso por sua eloqüência e piadinhas sem graça durante as batalhas.

2 -Leviathan (God of War III)





Os Leviathan parecem um cruzamento entre um cavalo feito de água e uma lagosta gigantesca, e em God of War são criaturas comandadas por Poseidon para atacar os Titãs e puxar seu carro alegórico usado na batalha contra o semideus revoltado Kratos. Possuidores de grande força física e capazes de escavar em grande velocidade, eles ficam várias vezes no caminho do espartano durante a primeira fase do jogo. Apesar do nome, associado a um grande peixe bíblico, os Leviathan lembram mais outra criatura mítica, o Hipoccampus, um ser metade cavalo, metade peixe criado por Poseidon na mitologia grega.

1 - Murloc (World of Warcraft)





Criados inicialmente em
Warcraft 3 para não serem mais do que inimigos coadjuvantes, esses violentos homens-peixe (inspirados nos Deep Ones de H.P.Lovecraft) acabaram conquistando a simpatia dos jogadores em sua versão estilizada no MMORPG lançado após a série de estratégia. Desajeitados, com olhos esbugalhados e portadores de um estranho rosnado gorgolejante (atualmente o som mais famoso de um inimigo de videogames), os Murlocs se tornaram uma espécie de mascote não-oficial do jogo. Seu carisma foi tamanho que eles ganharam até uma música da banda Level 80 Elite Tauren Chieftain.

<,,,º))b))-<

RWWWWWRRGGGHHHLLLR!!!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Aventureiro - II

Yahhr, porque todos tem direito de sair em busca de aventura! Acompanhe a jornada pela mata fechada e escura com o intrépido Adalberto Ferrari, mostrando toda a sua habilidade, perspicácia e espírito de sobrevivência, dignos de um verdadeiro explorador profissional... ou não.





Uma série saqueada do Jacaré Banguela